Tempos deixados naqueles bancos escolares, Onde a acomodação era para duas crianças, Mas sentar menino com menina, só se fosse por castigo. Oh! Que pena que nunca fomos castigados! Quando um objeto caía, o outro logo juntava, E numa cumplicidade nossas mãos se esbarravam. E até emprestar algum material era desfarce, Para mais uma sutil aproximação. Na hora do recreio, correr num pega-pega, Dobrando o corpo insinuando escapar, Mas na verdade era um charme proposital. E assim a brincadeira se prolongava até o sino tocar. No jardim brincando de esconde- esconde, Naquelas folhagens rasteiras com o corpo curvado, Ficando até um pouco à vista e de fácil locomoção. E quando o outro visualizava, em gargalhadas corríamos Para ser o primeiro a tocar no lugar da marca. Cortar uma flor para enfeitar o meu cabelo Não era só uma traquinagem, Era mais um galanteio com a intenção de provocar. E assim somávamos alegrias num vínculo de amizade, Sem decifrar que era o amor que desabrochava Na alma ingênua de duas crianças. Hoje a saudade costura retalhos dequele amor inocente. |
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Código do texto: 020e943ea5410a740b4e2c4f99e09ba2 Enviado por: Arai Santos em 06/03/2018
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