TROVAS NOVAS 112 Sobe as escadas,
não te rales, De mostrar as
pernas ao léu… --a vindima pra
que te regales, Só agrada às
portas do Céu!...
Ralha comigo o
velho cura, Por cada vez que
te vejo, Eles nunca sonham
a loucura, Que é roubar-te
um beijo!
Ninguém saberá
ser filho Senão quando
chega a ser pai; Aí é que é o
sarilho, E, então na mesma
rede cai!
Gira o tempo,
gira a vida, Assim ambos no
seu rumo; O tempo sempre na
descida; A vida perdendo
seu sumo!
Dinheiro não dá
ventura, Mas é sensato que
s’anote, Sem ele mais
amargura, Ver em casa algum
calote!
De volta a
romaria Perdi-me além no
pinhal, Meu namorado
queria, Algo mais que o
normal!
Uma casa além na
encosta, Tanta andorinha a
procura, Se é a casa que a
gente gosta, Jesus, tem paz,
amor e ventura!
Não neguem que
sou poeta! Tirem-me tudo,
por favor…. Deixem apenas a
ilusão Modesta de ser
trovador!
Sei, S. João resistiu À tentação do
desejo; Porém, foi porque
não viu, A beleza que em
ti vejo!
Moço de honesto
juízo, Quando for velho
é, adivinho; Isto é, um recto
aviso,
Pra seguir o bom
caminho! |
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Código do texto: 706f062e6b5d33a8930494f9cd405c41 Enviado por: Nelfoncar em 06/06/2016
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